Tem muito Diretor de Arte hoje em dia sendo sutilmente obrigado a ser pai-de-santo e "receber" a redação. E isso por razões simples: economia com salários nas agências e também porque tem cliente que não se atenta à qualidade do texto. Aliás, já vi casos em que o texto estava propositalmente assassinando as normas gramaticais por “sacada” do cliente. Pra chamar a atenção. Uma idéia de seu melhor vendedor, uma sugestão do filho ou uma frase chavão em letras garrafais e “tá redondo, não se fala mais nisso”. Graças a Deus nem todo cliente é assim. Enxugar custos e potencializar o tempo com um profissional que "mata o job" pode ser muito interessante. Mas a combinação não é comum. É necessário muita paixão pela leitura, refutar qualquer receio à tendinite e gastar muito o pulso digitando ou escrevendo. Idéias, filosofias absurdas, pensamentos, histórias. Mas as vezes, pode acontecer de um profissional de um profissional ter afinidade com textos e imagens. Afinal, Redação e Arte caminham juntas. E no meu caso caminham sobre as mesmas pernas.